“Já estamos no meio da confusão”: a seleção francesa de vôlei em Cannes para o último teste contra a Sérvia

Um amistoso com um toque revelador. Ainda treinando no Palais des Victoires em Cannes-La Bocca, os bicampeões olímpicos franceses estarão de volta à torcida da Côte d'Azur nesta quarta-feira à noite (20h30) para um amistoso contra a Sérvia, uma nação histórica do vôlei no mundo.
Um toque de reencontro paira sobre este duelo. O último encontro entre as duas equipes foi em 28 de julho de 2024, durante a partida de abertura do torneio olímpico em Paris. Naquele dia, os Blues iniciaram sua trajetória de ouro com uma emocionante vitória por 3 a 2.
Uma preparação estudiosaHá mais de uma semana, Andrea Giani e seus comandados vêm aprimorando os preparativos para a Copa do Mundo. "As condições são ideais: uma sala com ar-condicionado, o mar por perto para o tempo livre e paz e tranquilidade para trabalhar. Para os jogadores, é perfeito", insiste o técnico italiano.
O elenco, expandido para 17 jogadores, deve ser reduzido para 15 antes da partida para a Ásia. Basta dizer que o confronto duplo contra os sérvios pesará bastante nas escolhas finais da comissão técnica. Andrea Giani anunciará sua lista final amanhã.
"Todas as escolhas são difíceis. Queremos fornecer à equipe os melhores jogadores, mas também aqueles com a melhor condição física. Jogaremos a Copa do Mundo sete vezes e precisaremos de jogadores prontos para entrar em campo." O grupo azul está indo bem, mas avança com cautela.
Alguns jogadores importantes estão retornando de lesões, como Earvin Ngapeth, que não estará na escalação desta noite. "Estou voltando aos poucos. Prefiro atingir 80% da minha forma física no início da Copa do Mundo e depois ganhar força", explica o atacante do Var.
Sérvia em reconstruçãoEmbora a Sérvia não tenha brilhado recentemente, seu histórico é respeitado: campeã olímpica em 2000, campeã mundial em 1998. Hoje, 12ª no ranking mundial (comparado à 4ª posição da França), ela precisa enfrentar a aposentadoria de alguns jogadores importantes e integrar uma nova geração.
"É uma equipe que continua muito física, técnica e com muita personalidade. É um adversário ideal para progredir", garante Giani. Seu colega Gheorghe Crețu conta com caras novas, com vários jogadores jovens buscando se consolidar.
"Eles têm novos jogadores chegando, incluindo um amigo meu, Veljko Mašulović, com quem jogo em um clube na Itália (Pallavolo Padua). Eles estão tentando deixar sua marca", explica Benjamin Diez, do Nice.
"Encontre nosso jogo novamente"Para os jogadores da região, esta partida tem um sabor especial. Treinado no AS Cannes, Diez está adorando. "Ainda estamos no começo da preparação, mas já estamos no auge. O objetivo é voltar ao nosso jogo."
Kevin Tillie, natural de Cagnes-sur-Mer, está igualmente entusiasmado: "Será interessante ver como nos saímos." Depois de uma campanha encorajadora na Liga das Nações, que terminou nas quartas de final, os Blues querem virar a página.
"Sabemos que podemos vencer todos, mas também podemos perder para todos. Aquele tapa na cara da Eslovênia pode ter sido uma bênção disfarçada. Talvez tenhamos pensado que éramos bons demais. Isso nos lembrou que precisamos manter o foco", diz Ngapeth. "Para alguns que estão na seleção francesa há 15 anos, esta será a última competição. Facilita a vinda para os treinos; aqui, somos felizes todos os dias."
Faltando menos de um mês para o início das partidas nas Filipinas, a partida entre França e Sérvia não estará nas paradas, mas já está na mente das pessoas.
Nice Matin